Luciano Maia Para o
4dazpatrulha
Integrantes da Comissão de
Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Mossoró
estiveram na quinta-feira (05/07), por volta do meio dia, na Cadeia Pública
Juiz Manoel Onofre de Souza apurando denúncias de que um preso havia sido
alvejado com um disparo de espingarda calibre 12 na região das nádegas.
“VEINHO” informou aos
membros da OAB que o diretor da cadeia, major HUMBERTO PIMENTA, o procurou para
saber se ele estava na cela, pois segundo o próprio oficial chegaram denuncias
de que o preso tinha escapado e havia sido visto na Favela das Malvinas, em
Mossoró.
O diretor confirmou a versão
do preso e informou que esteve na cela acompanhado por três agentes carcerários
para verificar se a denúncia era falsa e que chegou a conversar com o detento.
Ao retornar ao seu gabinete,
major HUMBERTO escutou um disparo. Durante as investigações sobre o que havia
ocorrido para ocasionar o disparo, surgiram versões diferentes. Inicialmente, o
diretor foi informado, pelo próprio “Veinho”, que o tiro teria sido acidental e
que teria ocorrido quando agentes realizavam uma revista na cela onde ocorreu
uma fuga na semana passada, localizada há poucos metros da cela onde estava “VEINHO”.
Outra versão seria de que logo
após o major HUMBERTO ter constatado de que a denúncia de fuga, um dos agentes aproximou-se
e pediu para ele ir para os fundos da cela. “Quando me virei para atender a
ordem do agente, caminhei uns três passos e o agente atirou”, relatou.
O preso foi alvejado com
munição de borracha, acabou socorrido e depois foi encaminhado para o Hospital
Regional Tarcísio Maia (HRTM) onde foi medicado e liberado para retornar até o
presídio. O diretor da cadeia disse que já identificou o agente autor do
disparo e que instaurou sindicância para apurar o caso. A corregedoria da
Secretaria de Justiça e Cidadania também encaminhou oficio ao diretor pedindo
informações sobre o caso.
Segundo relato do próprio
detento ouvido pela Comissão de Direitos Humanos, durante depoimento prestado
diante do diretor da cadeia pública, major Humberto Pimenta, e na presença de alguns
agentes penitenciários responsáveis pela escolta do preso, foi de que o agente
autor dos disparos é acostumado a insultar e agredir presos custodiados.
Na ata de ocorrência, escrita
pelo autor do tiro, consta que agentes realizavam uma revista quando os presos da
cela onde “Veinho” estava tentaram impedir que a grade fosse fechada e, por isso,
foi obrigado a efetuar dois disparos de advertência. “VEINHO” está preso por
vários homicídios, mas é considerado pelo diretor como um detento de bom
comportamento.
O diretor determinou o
imediato afastamento do agente autor do disparo, atitude que foi elogiada pelos
membros da Comissão de Direitos Humanos, até a conclusão do inquérito
administrativo e de um relatório da OAB que será enviado às autoridades
responsáveis.
Assessoria de Comunicação da OAB – Subseção Mossoró.
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