O corpo de uma adolescente de 14 anos,
assassinada pela mãe em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi encontrado
às margens da Rodovia Anchieta, na altura de São Bernardo do Campo, no dia 15
de julho. A polícia só divulgou o caso nesta terça-feira (7). Além da mãe, o
ex-marido e a atual companheira da mãe da jovem são suspeitos de participar do
crime. Segundo a polícia, a menina era usada para transportar drogas, e depois
de perder uma quantia de entorpecentes, foi assassinada. Ana Luiza Ferreira, a
mãe da adolescente, foi presa e confessou ter matado a filha no último dia 13.
O corpo da jovem foi encontrado às margens da rodovia por um caminhoneiro dois
dias depois do crime. Ana Beatriz foi encontrada com várias fraturas no rosto e
marcas no pescoço.
Carlos José Bento de Souza, ex-padrasto da jovem, e Elizabeth
Fernandes dos Santos, que vivia com a mãe da menina, também são suspeitos de
participarem do crime e tiveram a prisão decretada. O assassinato aconteceu em
uma casa no Jardim Anhanguera. O crime foi comprovado mas os dois suspeitos
continuam foragidos, deixando dúvidas sobre o que motivou a morte da menina.
Segundo a polícia, o ex-padrasto da jovem já cumpriu pena por tráfico de
drogas. “A versão que nós apuramos é de que ele usava essa adolescente para que
ela levasse drogas a outros pontos de vendas desse entorpecente. Um dia ela
perdeu uma quantidade de droga, voltou para casa, e passou a sofrer represálias
do traficante, que é o ex-padrasto dela, e da mãe.
Eles diziam que isso envolvia muito dinheiro e
que eles tinham que dar conta.
Até que eles decidiram se desfazer da menina como
compensação pela perda da droga. Foi aí que entrou a Beth, esposa da mãe, a
mãe, e Carlos”, diz o delegado Luiz Evandro Medeiros. O corpo da jovem foi
encontrado com o uniforme da escola onde estudava em Praia Grande, o que ajudou
a polícia a esclarecer o caso. A autópsia contatou que a adolescente foi morta
por asfixia.
Segundo informações da polícia, a mãe e a
companheira estavam na residência no momento do assassinato. Quando o
ex-padrasto chegou em casa a menina já estava morta. “O ex-padrasto ajudou a
esconder o cadáver, e no dia seguinte, foram até a delegacia para registrar um
boletim de desaparecimento como se fossem inocentes”, explica o delegado.
Quando o corpo foi encontrado, os três já haviam abandonado suas casas e
vendido o carro usado no crime. Dias depois, a polícia localizou o veículo e um
teste feito com um reagente químico, conhecido como luminol, identificou marcas
de sangue no porta malas e no pneu do veículo. A mãe alegou outros motivos para
o crime. "A mãe apresenta uma versão que realmente estavam as três
mulheres. Ela, a nova esposa, e a filha em casa. Iniciou-se uma discussão, da
relação das três, e nervosa a Beth (esposa da mãe) teria ido para cima da jovem
e espancado ela. A mãe diz que tentou apartar”, completa Medeiros.
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