Advogados intercederam pelos criminosos e eles se
entregaram. Uma das sete vítimas ficou trancada numa geladeira e passou mal.
Os quatro assaltantes que mantiveram
sete funcionários como reféns dentro de uma fábrica de suco e sorvete de açaí
no município de Parnamirim, na Grande Natal, libertaram as
vítimas após uma tentativa frustrada de assalto ocorrida no início da tarde
desta sexta-feira (7). Os funcionários ficaram mais de duas horas em poder dos
criminosos e foram usados como escudo, segundo a Polícia Militar.
Ainda de acordo com a polícia, os criminosos
resolveram se entregar depois de serem convencidos por advogados que foram ao
local interceder por eles. Um dos reféns, que se trancou dentro de uma câmara
fria, passou mal e teve de ser socorrido por paramédicos.
Os assaltantes foram conduzidos à 1ª DP de Parnamirim.
Os nomes não foram revelados.
Marcos Dionísio, diretor financeiro, estava entre os
reféns. "O tempo todo eles nos ameaçaram de morte. Eu pensei que iria
morrer hoje", disse ele, revelando que dois funcionários se trancaram na
câmara frigorífica com medo dos criminosos.
Durante a negociação, os assaltantes pediram a
presença da imprensa dentro do prédio da fábrica. Eles também exigiram que os
familiares fossem levados até o local. O todo tempo, o negociador Rodrigo Trigueiro,
capitão da Polícia Militar, tentou manter a calma entre os suspeitos.
Depois que a imprensa e familiares entraram na
fábrica, a polícia pediu que os homens largassem as armas e se rendessem. Os
assaltantes obedeceram e foram algemados pela PM. Os quatro foram conduzidos a
uma caminhonete da polícia e levados à 1ª Delegacia de Polícia de Parnamirim.
Na saída, muitas pessoas aguardavam pelos suspeitos do
lado de fora do prédio. Os suspeitos foram vaiados e chamados de
"bandidos", enquanto eram levados para a viatura. Foi preciso a
polícia intervir para afastar os moradores e evitar que eles agredissem os
assaltantes.
A Polícia Militar montou o cerco à fábrica por volta
do meio-dia, logo após os criminosos anunciarem o assalto. De acordo com o
capitão Helber Nunes, lotado no 3º BPM, uma das pessoas que estava na fábrica
no momento conseguiu fugir e prontamente chamou a polícia.
G1
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