Na próxima semana,
os militares do Rio Grande do Norte vão para rua em uma campanha de valorização
profissional. No dia 25 de agosto será celebrado o Dia do Soldado, mas ao longo
dos próximos dias policiais e bombeiros militares vão realizar várias ações, em
especial no dia 23, quando será realizado o Dia Nacional de Mobilização, um
grande ato que contará com apoio de toda a categoria.
A Associação dos
Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, uma das
organizadoras do movimento, explica alguns dos motivos pelos quais os militares
buscam valorização profissional. “Um dos pontos principais dessa mobilização é
mostrar que polícia também é sociedade e assim como vários segmentos vêm
realizando protestos pelo Brasil, nós temos nossas reivindicações e lutamos por
elas”, destaca Roberto Campos, presidente da ACS-PM.
Ela cita, por
exemplo, que a Polícia Militar do RN tem, atualmente, em seu efetivo mais de
seis mil soldados. No entanto, a maioria desses homens nunca teve e continua
sem ter perspectiva de promoção. “O último concurso para promoção a cabo foi
realizado há 12 anos. Já o último concurso para mudança de cabo para sargento
foi realizado há 16 anos. Ou seja, como as vagas nesses concursos foram
limitadas, muitos não passaram, então, hoje, nós temos na Polícia Militar
centenas de soldados que estão há 30 anos sem promoção”, frisa Roberto.
O presidente da
Associação dos Cabos e Soldados explica que a falta de valorização acaba
levando ao desestimulo e a desistência no trabalho de policial. De acordo com
ele, está sendo registrado um alto índice de pedidos de dispensa da Polícia
Militar. Somente este ano, foram mais de 40 policiais desligados por vontade
própria.,
“Hoje, nossa
categoria, soldados e cabos, tem o menor salário da segurança pública. Além
disso, não contamos com carga horária e temos um regulamento disciplinar criado
há mais de 30 anos, estando totalmente defasado. Para completar, os militares
enfrentam problemas como diárias atrasadas e o pagamento das férias foram
suspensas”, comenta.
Outros problemas
clássicos dos militares são a falta de estrutura física e material de trabalho,
em alguns casos com registros até mesmo de falta de munição para os policiais
saírem para o combate à criminalidade. “Outra questão grave é a falta de
atendimento à saúde dos militares, com déficit de médicos, pois o último
concurso foi em 2001, bem como constatamos que o projeto da abertura de vagas
no quadro de psicólogos nunca saiu do papel”.
Informações da Assessoria da ACS-PM/RN.
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