segunda-feira, 12 de agosto de 2013

MILITARES VÃO PRA RUA EM BUSCA DE VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL



Na próxima semana, os militares do Rio Grande do Norte vão para rua em uma campanha de valorização profissional. No dia 25 de agosto será celebrado o Dia do Soldado, mas ao longo dos próximos dias policiais e bombeiros militares vão realizar várias ações, em especial no dia 23, quando será realizado o Dia Nacional de Mobilização, um grande ato que contará com apoio de toda a categoria.

A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, uma das organizadoras do movimento, explica alguns dos motivos pelos quais os militares buscam valorização profissional. “Um dos pontos principais dessa mobilização é mostrar que polícia também é sociedade e assim como vários segmentos vêm realizando protestos pelo Brasil, nós temos nossas reivindicações e lutamos por elas”, destaca Roberto Campos, presidente da ACS-PM.

Ela cita, por exemplo, que a Polícia Militar do RN tem, atualmente, em seu efetivo mais de seis mil soldados. No entanto, a maioria desses homens nunca teve e continua sem ter perspectiva de promoção. “O último concurso para promoção a cabo foi realizado há 12 anos. Já o último concurso para mudança de cabo para sargento foi realizado há 16 anos. Ou seja, como as vagas nesses concursos foram limitadas, muitos não passaram, então, hoje, nós temos na Polícia Militar centenas de soldados que estão há 30 anos sem promoção”, frisa Roberto.

O presidente da Associação dos Cabos e Soldados explica que a falta de valorização acaba levando ao desestimulo e a desistência no trabalho de policial. De acordo com ele, está sendo registrado um alto índice de pedidos de dispensa da Polícia Militar. Somente este ano, foram mais de 40 policiais desligados por vontade própria.,

“Hoje, nossa categoria, soldados e cabos, tem o menor salário da segurança pública. Além disso, não contamos com carga horária e temos um regulamento disciplinar criado há mais de 30 anos, estando totalmente defasado. Para completar, os militares enfrentam problemas como diárias atrasadas e o pagamento das férias foram suspensas”, comenta.

Outros problemas clássicos dos militares são a falta de estrutura física e material de trabalho, em alguns casos com registros até mesmo de falta de munição para os policiais saírem para o combate à criminalidade. “Outra questão grave é a falta de atendimento à saúde dos militares, com déficit de médicos, pois o último concurso foi em 2001, bem como constatamos que o projeto da abertura de vagas no quadro de psicólogos nunca saiu do papel”.


Informações da Assessoria da ACS-PM/RN.




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