A
Equipe de policiais civis da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações
(DEFD) de Mossoró deflagrou a “Operação Marquês”, com o objetivo de cumprir 03
Mandados Judiciais de Prisão Preventiva, expedidos pelo Juiz da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Mossoró, para realizar a prisão de Marcelo Paollo dos Santos, 34 anos; Anny Karolyni Camâra, 30 anos; e Severino Alves Rodrigues Neto, 46 anos, investigados por arquitetarem
e executarem a prática de golpes envolvendo a venda fraudulenta de imóveis.
Segundo
as investigações feitas pela Polícia Civil, o casal Marelo Paollo e Anna
Karolyni eram proprietários da construtora Cerâmica Top Line Ltda e, por meio
desta empresa, engendrarm, juntamente com o corretor Severino Ramos Rodrigues
Neto, um astucioso
esquema de fraude para obterem indevidamente vantagens econômicas em prejuízo
alheio, ao ofertarem e venderem apartamentos na planta ao preço total,
claramente irrisório, de R$ 15.000,00 reais, e sem qualquer regularização
perante os órgãos públicos competentes responsáveis pelo parcelamento do solo
urbano e desenvolvimento territorial, mediante o artifício de que se tratava de
uma inovação no material empregado na obra, o chamado “Tijolo Ecológico”, que
teria sido supostamente por ele criado, modulado e moldado com uma cola
especial, o que baratearia o custo da obra, algo ainda não praticado no mercado
imobiliário e, ao realizar a venda desses utópicos apartamentos, mantiveram as
vítimas em erro, que ludibriadas com a facilidade de adquirir uma residência,
celebraram o contrato de compra e venda, mas na verdade estavam sendo alvos de
golpes.
O modus operandi era
quase sempre mesmo: a após a venda desses apartamentos, as vítimas recebiam uma
prazo para entrega, o qual era sempre postergado pelos investigados, o que
fazia com as vítimas rescindissem os contratos e buscassem o ressarcimento dos
valores pagos. Nesse ínterim, é que surgia o ardil, pois nem o corretor e nem a
construtora se entendiam com as vítimas, pois ficava um jogo de empurra-empurra
de responsabilidades. E quando as vítimas eram ressarcidas, tal se dava com
cheques sem provimento de fundos, apropriando-se os investigados com os valores
despendidos pelas vítimas.
Houve um caso em que uma única vítima comprou mais de 10
apartamentos, por considera-los muito baratos. Conforme informações prestadas
por especialistas da área da construção civil, um apartamento menor e mais simples
que seja não sai por menos de R$ 35.000,00 reais.
Averiguou-se, ainda, que o terreno e a obra onde seriam
construídos os supostos e utópicos apartamentos estavam sem alvará de
licenciamento urbano e, ainda, havia mais de 10 itens de irregularidades.
O investigado Severino Ramos fora preso no início das
investigações por força de outro mandado expedido pela Comarca de São Luis-MA,
mas conseguiu a liberdade provisória. Entretanto, sua prisão preventiva foi
solicitada, em razão dos fatos acima investigados, e decretada pelo juiz titular
da 2ª Vara Criminal de Mossoró, mas o mesmo se evadiu da cidade, encontrando-se
foragido.
Bel. José Vieira
de Castro - Delegado de Polícia Civil/RN.
Ainda segundo o delegado José Vieira de Castro, Titular
da Delegacia de Defraudações de Mossoró, a operação se iniciou no último dia 12
de maio, os advogados já pleitearam a liberdade provisória deles, o inquérito já
foi concluído e todos responderão pelo crime de estelionato (artigo 171 CPB),
sendo os empresários ainda por crime de parcelamento de solo urbano, previsto
na Lei Nº 6.766/79.
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