A Polícia civil
realizou coletiva na tarde de hoje (23/03), para apresentar Alexandre Furtado
Paes, 41 anos, suspeito de ter estrangulado a fisiculturista Fabiana Caggiano
Paes, em dezembro de 2013, em um quarto de hotel da Capital.
Alexandre foi preso por policiais do Departamento
Estadual de Investigação Criminal (DEIC), da policia civil de São Paulo no dia
30 de novembro de 2015, na cidade de Ibiúna. Ele estava foragido da justiça do
Rio Grande do Norte, desde janeiro do ano de 2013.
Durante a coletiva o delegado Frank Albuquerque
detalhou para imprensa como foi realizada a investigação que culminou com
indiciamento de Alexandre como o autor do homicídio da fisiculturista.
“Alexandre mentiu
quando disse que encontrou a esposa desmaiada no banheiro do hotel e acionou o
Samu para dá o primeiro atendimento a sua esposa que acabou morrendo cinco dias
depois em uma UTI de um hospital de Natal. A investigação e os laudos do
Instituto Técnico-Científico de Polícia do RN (ITEP) mostram o contrario” disse
Frank Albuquerque.
A Polícia Civil
foi informada que o marido da vítima queria rapidamente remover o cadáver da
esposa, para logo cremá-lo em João Pessoa, o que levantaram suspeitas,
iniciando-se assim uma investigação acerca da morte de Fabiana. Através de investigações,
que incluíram provas materiais e testemunhais, a conclusão foi de que o marido
da vítima, o empresário Alexandre Paes, realizou o estrangulamento.
“Os laudos do ITEP
comprovam que a causa da morte, foi estrangulamento, foram precisas. Alexandre
queria cremar o corpo, se livrar dele. Ele disse que o chuveiro estava ligado,
mas o corpo estava seco, ou seja, Alexandre estava mentindo. No local também não
tinha rastro de água nem sangue no local. Fabiana foi asfixiada, mais de dez
testemunhas afirmaram que não tinha rastros, que ouviram gritos e discussões.
Ele fez manipulação da cena do crime. Ao invés de se apresentar à Polícia, ele
fugiu, passou três anos desaparecido, vendeu a academia o qual era dono em
Osasco, e comprou uma casa em Ibiúma em nome de uma prima. Quando o encontramos
ele estava barbado, trabalhando como pedreiro”, detalhou o delegado.
Na coletiva, o
delegado da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter Luiz Lucena, que
também participou da coletiva, afirmou que a pena de prisão de Alexandre poderá
ser de 24 a 30 anos.
“Além de o
homicídio ter sido triplamente qualificado, houve fraude processual. Ele foi
preso em Ibiúma. Fizemos o contato com são Paulo para que ele fosse conduzido
aqui para Natal, aonde o mesmo deveria responder pelo crime de homicídio
triplamente qualificado. Ele nega, mas quanto às provas materiais são muito
fortes, cabais, além da constatação do médico legista de que de fato não houve
infarto, e sim asfixia”, afirma Luiz Lucena.
Alexandre negou a
que tivesse assassinado a esposa e disse que em juízo iria provar a sua
inocência.
Informações: Gustavo
mariano
Assessoria
Degepol/RN.