Durante uma coletiva de imprensa, realizada na manhã desta sexta-feira (27) no prédio da Academia de Polícia, a delegada titular da Delegacia Especial de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA), Dulcineia Costa, revelou trechos do interrogatório do pedreiro Marcondes Gomes da Silva, 45 anos, realizado na noite desta quinta-feira (26). O homem confirmou à Polícia Civil que matou Iasmin Lorena, 12 anos, sozinho, logo após a vítima ter saído de casa.
A entrevista coletiva também contou com a presença da secretaria de Segurança
Pública, delegada Sheila Freitas; da Delegada-geral de Polícia Civil, Adriana
Shirley e do diretor do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), Marcos
Guimarães. Durante a coletiva, houve a exibição de uma entrevista com o
suspeito, no qual ele afirma que matou Iasmin, após a negativa da adolescente
em iniciar um “namoro” com ele. “Foi tudo muito rápido, ela entrou na casa em
construção e ficamos conversando sobre medicina, que era o sonho dela. Depois,
ficamos juntos uns 15 minutos e ela não quis aceitar meu pedido de namoro.
Decidi pegar um cabo de freio de bicicleta, que estava no chão, e enforquei
Iasmin. Depois cavei um buraco no chão, coloquei areia, pedaços de tábua .Pensei
que ninguém nunca ia descobrir”, detalhou Marcondes Gomes.
A secretaria Sheila Freitas deixou claro que durante todo o período em que a adolescente estava desaparecida, a Polícia Civil não mediu esforços para verificar as várias linhas de investigações que pudessem chegar a um resultado exitoso, o qual está sendo revelado para a sociedade. A Delegada-geral Adriana Shirley esclareceu que o inquérito policial, apesar de já estar bastante adiantado, ainda não foi concluído e que por esse motivo, existem fatos que não podem ser divulgados nesse momento.
De acordo com a delegada Dulcineia Costa, durante todo o processo de investigação, Marcondes Gomes tentou induzir a Polícia a erro. “Ele até chegou a ligar para o Disque-Denúncia algumas vezes, dando pistas falsas. Além disso, jogou as sandálias da adolescente em outros lugares, para desviar o foco. Durante todo o tempo do interrogatório, ele se mostrou muito frio e nós investigaremos outros casos de abuso contra crianças e adolescentes que ele possa ter praticado. Até o momento não temos condições de afirmar se houve relação sexual, porque dependemos de resultados periciais”, revelou a delegada.
“Diante da repercussão do fato, nós estamos dando prioridade para que os exames de DNA sejam adiantados. Um perito já coletou partes ósseas da vítima e todo o material já foi enviado para um laboratório no Ceará, com o intuito de comparar com amostras de saliva retiradas da mãe”, contou o diretor do ITEP, Marcos Guimarães. Durante a coletiva, a delegada Dulcineia Costa agradeceu ao trabalho feito por policiais civis, militares e bombeiros para o sucesso das investigações.
Informações: Gustavo Mariano/Degepol/RN.
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